Por mais que queiramos o tal espaço, é inevitável invadirmos o mundo um do outro. Abrimos bruscamente a porta e entramos de rompante, sem pedir permissão, como se nada se passasse e nada tivesse acontecido. Como se nos conhecêssemos ao tempo a que nos conhecemos, como se tudo fosse igual, como se fôssemos iguais.
O tempo era imprescindível. E o espaço do tempo... Esse não é fundamental?
Então porquê? Para quê?
Deveria existir espaço, deveria existir silêncio e deveria existir vazio.
Mas o espaço ainda não existe, o silêncio é sempre interrompido, e o vazio é preenchido de vez em quando.
O suposto era sofrer, passar por tudo isso. E tudo isso existiu apenas durante umas míseras 24 horas.
Depois, confundo-me com o espaço que me pediu. Confunde-me com trocas de palavras fundamentais ao rumo das nossas vidas. O tempo e o espaço são fulcrais, imprescindíveis, extremamente necessários. Então porque não existem? Quem deve tomar iniciativa? Quem consegue tomar a iniciativa?
É muito tempo...
É preciso dar tempo...
Tempo para pensar,
Tempo para sentir falta,
Tempo para ver
Tempo para sentir.
Durante o tempo que passou,
Pensei no tempo que aí vinha.
Depois, no tempo que faltava,
E agora,
Esse tempo chegou.
Foi muito tempo,
Precisamos de tempo.
"Há tempo para tudo", dizem.
Tempo para rir, para chorar, para sair, para estudar, estar com os amigos, namorar, estar sozinha, viajar. Dizem que há tempo para viver a vida mas eu acho que a vida não nos dá tempo suficiente para a viver. Para mim o tempo passa num instante! O tempo de andar na creche, o tempo em que jogava à bola na rua, o tempo em que andava na escola primária, o tempo em que fiz novos amigos na nova escola, o tempo em que andava toda a gente da mesma maneira...Esse tempo quase não o vi. E agora que tenho o tempo contado para tudo, ainda mais difícil se torna!
O tempo passou. É tempo de... fazer uma pausa.