Por mais que queiramos o tal espaço, é inevitável invadirmos o mundo um do outro. Abrimos bruscamente a porta e entramos de rompante, sem pedir permissão, como se nada se passasse e nada tivesse acontecido. Como se nos conhecêssemos ao tempo a que nos conhecemos, como se tudo fosse igual, como se fôssemos iguais.
O tempo era imprescindível. E o espaço do tempo... Esse não é fundamental?
Então porquê? Para quê?
Deveria existir espaço, deveria existir silêncio e deveria existir vazio.
Mas o espaço ainda não existe, o silêncio é sempre interrompido, e o vazio é preenchido de vez em quando.
O suposto era sofrer, passar por tudo isso. E tudo isso existiu apenas durante umas míseras 24 horas.
Depois, confundo-me com o espaço que me pediu. Confunde-me com trocas de palavras fundamentais ao rumo das nossas vidas. O tempo e o espaço são fulcrais, imprescindíveis, extremamente necessários. Então porque não existem? Quem deve tomar iniciativa? Quem consegue tomar a iniciativa?